Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.”
(Evangelho do Apóstolo João 14.18).
Milhões de pessoas circulam pelas ruas dos grandes centros. Homens e mulheres se deslocam rapidamente, pois estão repletos de compromissos e tarefas que precisam ser cumpridos. Vozes se espalham. Computadores, celulares e tantos outros aparelhos fazem parte do nosso cotidiano. Temos a impressão que estamos sempre acompanhados, quando não monitorados por telas, sistemas e tecnologias distintas.
Ainda que estas sejam marcas de uma sociedade pós-moderna e tomada pelos instrumentos de aproximação, reconhecemos que ainda há uma notória solidão d´alma. Não raramente, sentimentos de orfandade rondam o interior das pessoas, muitas das quais, paradoxalmente, são levadas ao isolamento, à angústia e à solidão. Sensações e certezas de abandono.
Nestes cenários, as palavras de Jesus ecoam e alimentam a esperança de acolhimento e aproximação. Disse o Senhor: “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.” ( Evangelho de João 14.18).
Em Cristo, reside a certeza da presença. Com Ele há contatos, toques, abraços, amizade, alimentos, compreensão e colo. Nele, a existência humana toma outra direção porque é fundamentalmente relacional e dinâmica. Crer e viver com Cristo não é uma sensação distante, uma elaboração teórica ou um sistema de princípios filosóficos. Há mais que isso. Muito mais.
Em Cristo, reside a certeza do diálogo. Com Ele há conversas, orações, clamores, desabafos, petições e confissões. As palavras se encarnam como parte das histórias de pessoas que sofrem, choram, gritam, perdem, silenciam, cantam, esperam, trabalham, amam, morrem…
Em Cristo, reside a certeza da verdade. Com Ele podemos contar. Vivo, está entre nós. Sereno, ouve a todos. Amoroso, acolhe sem distinção. Presente, é companhia oportuna.
Rev. Sérgio Andrade